terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Motivação desse blog

Esse deveria ter sido o primeiro texto deste blog, pois ele explica como, depois de tanto resistir a ideia de aparecer na internet, acabei me rendendo.

Pois bem, no fim de 2005 uma de minhas filhas passou por momentos muito difíceis.
Na verdade, desde de 2004 ela vinha dando sinais de que ia entrar em colapso.

Eu vinha assistindo, ouvindo, aconselhando, mas percebia que era hora dela se confrontar com algumas realidades da vida.

Nós a ensinamos no caminho que devia andar e, de fato, ela não se desviou dele. Mas, o tempo passa, o sistema mundano é sujo, o inimigo não tem misericórdia, e seus meios são muito poderosos pra "incutir"  seus valores malignos dentro da cabeça dos seres humanos (especialmente daqueles que se arriscam a flertar com ele). E chega um momento que é travada uma guerra interior entre os valores que já moravam la dentro e as recém chegadas setas de satanás, pois as trevas não podem conviver em harmonia com a luz.

Os homens e mulheres de Deus, da minha geração viram, com muita preocupação, o nascimento de uma das maiores estratégias satânicas de todos os tempos: "o Feminismo".

Aqueles que estavam com as suas lampadas acesas (cheias de azeite) enxergaram na hora o que estava acontecendo. Mas, infelizmente, a apostasia que já se alastrava dentro da igreja de Cristo, impediu que a grande maioria dos Cristãos percebessem do que se tratava, e engoliram a história como se fosse uma questão de direitos humanos.

Os anos passaram, e os resultados mostraram que nossa preocupação estava certa.
Satanás conseguiu, tirou a mulher do seu lar, tirou o seu chão, tirou sua saúde física e espiritual, tirou sua roupa, tirou sua dignidade, e por fim, o sentido da sua existência...  De maneira que agora, boa parte delas, buscam sentido tentando "virar homem".

Por tabela, deixou as crianças sozinhas e vulneráveis, sob cuidados de "outras mulheres" que não são suas mães, e que jamais as entenderão nos detalhes, como deve ser e era no passado, a bem do pleno desenvolvimento e encaminhamento delas.

Por tabela também, a custa de muita quebra de limites, mataram sistematicamente a figura do "sacerdote do lar", esta é uma figura em extinção agora.

O resultado? Precisa mesmo explicar?...

Posto o pano de fundo, explico melhor o que houve:

Esta minha estimada filha tem um lindo menino (adotivo, mas não importa, pois tenho faculdades suficientes pra dizer que "mãe é a que cria") um marido que não é um "Gê" mas, é um bom homem (brincadeirinha meu genro) vive num bom bairro, numa boa casa, tem um bom carro, nada lhe falta.

Quando o menino chegou foi aquela euforia, dedicação total, etc. Parecia completa, feliz, e realizada.
Mas, logo aquele traço de descontentamento que eu, com 7 décadas de peregrinação nesta terra, havia percebido la atrás, voltaram a assombrar o seu lar.

No segundo ano do seu casamento tivemos uma discussão amigável sobre o papel de uma mulher nesta terra e, depois de uma conversa boa e clara, íamos nos despedindo quando ela soltou uma frase:

"Mãezinha tu sabes que eu te amo e quero muito seguir a "tradição" da nossa família  assim como minha irmã e primas, quero ficar em casa, cuidar do lar, estou tentando, mas as coisa são diferentes agora, o mundo é outro, não me odeie se eu não conseguir manter esta "tradição".

Tradição!!??
Minhas pernas afrouxaram naquele momento.
Depois de anos ensinando-a os princípios da palavra de Deus e como isto nos traz liberdade, e contentamento, minha filha entendeu que isto era apenas "tradição".

Fui embora muito triste, sabendo que os momentos de distração aos quais ela se deu o luxo, flertando (ainda que levemente) com o sistema mundano e seus valores perniciosos, haviam achado lugar em seu coração, ao ponto dela aceitar a sugestão maligna de que nossa caminhada com Deus não passa de uma "tradição".

Apesar de triste, fui embora confiante, pois finalmente havia entendido o motivo das instabilidades em sua vida e relacionamentos, e agora sabia pelo que devia orar.

Envolvida com a novidade de ter um filho ela se acalmou um pouco, se acomodou. Mas, logo aquilo que estava dentro dela começou a inquieta-la. Era visível que ela não estava contente, se sentia frustrada, deslocada, com a impressão de que estava no lugar errado, deixando de fazer alguma coisa, produzir algo útil.

Eu e o Gê observávamos tudo, atentos, orando. Tentando semear as palavras certas na hora certa.

Em pouco tempo a coisa se agravou, pois o menino em cada fase precisava de mais e mais atenção, e sua atenção estava voltada pra coisas que nem ela mesmo sabia o que era. Fazia tudo em casa no piloto automático  "tentando manter a tal tradição da mãe".

Não demorou pras brigas entre ela e o nosso genro chegarem a níveis insuportáveis (dando combustível pro diabo jogar mais e mais setas em sua cabeça confusa, do tipo: "ta vendo como eu tenho razão").

Em meados de 2005 a coisa estourou, ela entregou os pontos, ele também.... Vamos nos separar!

Ai entendemos que já haviam elementos suficientes para faze-los entender o que se passava. Oramos para que o entendimento deles fosse aberto e "os pegamos no colo"...

Tratamos suas vidas e, pela bondade do Senhor ela conseguiu entender o que havia acontecido e como, sutilmente, através dos poucos programas de TV que via, as raras novelas que assistia, algumas "amigas" contaminadas pela ideia feminista e o "inofensivo cafezinho no shoping enquanto o marido trabalhava" tinham minado os bons valores de Cristo que foram plantados dentro dela.

Foi lindo de ver! Ela ficou revoltada, queria matar o mundo, he,he,he
Mas nos a lembramos que não devemos nos desviar pra esquerda e "nem pra direita". Que o Senhor ama o mundo apesar do sistema mundano, e que nossa missão é "Ser usados por Cristo pra destruir as obras do diabo, sendo sóbrios e vigilantes para permanecer incontamináveis até a consumação dos séculos".

Isto foi no fim de 2005, e agora no fim de 2012 enquanto comemorávamos com ela seus lindos "sete anos" de um casamento solido e saudável, fundamentado nos princípios de Cristo, as meninas tiveram a ideia de me fazer este blog. Eu achei bobagem, e disse pra esquecerem, até porque jamais pensei que o Gê fosse concordar com isto, mas, elas levaram a sério, convenceram a ele e a mim e "aqui estou" pra contar um pouquinho da nossa vida e da maneira como temos vivido a palavra do Senhor (desde que não exponha muito a família e jamais divulgue enderenço e telefone, né Gê? he,he,he)

Nenhum comentário:

Postar um comentário