terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Jogue seu Lap Top fora!

Desde que ter um computador em casa virou uma necessidade, fizemos um acordo em família:

Cada família terá "um computador" em sua casa, instalado "na sala". Exceto no caso de um dos genros que tem escritório em casa e precisava de privacidade pra trabalhar.

Mas, em 2009 um de meus genros resolveu presentear sua esposa com um "Lap top". Desde o primeiro dia o radar do Gê captou sinais de problemas a caminho. Ele me disse com muita preocupação: "Temos que convencer nossa filha a "trocar" este presente por outra coisa na loja onde nosso genro comprou".

Eu não entendi exatamente a preocupação dele, achei que estava sendo conservador demais e até duvidando do caráter da nossa filha, mas, o Geraldo é um homem de Deus, tem uma "ficha muito boa", tem um longo histórico de acertos em suas percepções.

Então fui até lá, conversei com a Filha, com o Genro, mas, como a convicção não era minha e sim do Gê, não consegui convence-los de que ter um lap top com internet debaixo do braço poderia ser o pior laço que a minha filha ja se deparara, pelo contrário: "Ela me convenceu de que seria uma ferramenta muito útil para ela que não tinha empregada e fazia todo o trabalho de casa, pois poderia ver pregações, escutar musicas, e ainda falar com as amigas e os parentes.

Não vi nada de mal nisto, alias, achei muito boa a ideia e, por pouco, não convenci o Gê a me presentear com um também.

Passados oito meses, esta minha filha me procurou, chorando muito. Levei-a ao meu quarto, esperei pacientemente ela se recompor (o que levou longos 50 minutos) e pedi que me explicasse o motivo do seu choro.

Então ela me descreveu uma situação que estava acontecendo com uma de suas primas (que era e "sempre vai ser" como uma filha pra mim). Logo que minha filha rompeu o acordo e passou a ter um computador que levava pra onde queria, esta minha sobrinha passou a cobrar de seu marido um lap top também, ele (que é um provedor fantástico, mas não tinha a experiência do Gê) logo cedeu, e fez a vontade dela.

No começo, tudo é bom, mas não tardou pra ela ser seduzida pelas "pontes" que o inimigo cria para atrair as pessoas para o abismo. Começou a troca informações com "irmãos" da igreja, com "sites evangélicos" e, não demorou" pra cair na velha cilada do diabo (um irmão carente, precisando conversar, porque estava com problemas no casamento).

Fazia bastante tempo que eu não era visitada pela angustia... Nem lembrava mais como era ter uma bola de basquete travessada na garganta. Finalmente entendi que o Gê estava com a razão.

Mas, pra minha tristeza, a "bola de basquete" se transformou numa melancia gigante, quando ela continuou:

"Mãe, me perdoa, mas agora eu percebo que estava indo no mesmo caminho. Alguns dias recebi um mensagem do Marcos que foi meu namorado na época do colégio, a Sra lembra?"

O chão foi sumindo debaixo de mim, mas, deixei ela terminar...

"Calma mãe, não aconteceu nada, mas agora percebo que era um laço, porque ele se separou recentemente e fica insistindo em me mandar musicas e sites de poesia, e eu sem perceber estava começando a gostar".

Ai foi a minha vez de desabar, chorei, chorei amargamente, porque não demos ouvidos ao sacerdote da nossa família? Porque uma família tão linda como a nossa precisava se manchar? Cair num laço tão antigo (apenas com uma porta de entrada nova e tecnológica)...

Mas, tudo coopera para o bem dos que amam a Deus. Não pode haver aperfeiçoamento sem provas, e como vamos poder ensinar algo que não aprendemos, que não vivemos?

Falei pra ela se aquietar em casa, orar e esperar, o Gê saberia o que fazer.

Imediatamente o procurei e relatei toda a situação. Com o mesmo amor das ultimas 5 décadas ele "irou-se" mas, não pecou. Nem mesmo utilizou a celebre frase "eu avisei".

Pela bondade do Senhor, tudo foi contornado, e o Amor prevaleceu, superamos mais esta. E finalmente entendemos que a bíblia não esta brincando quando nos orienta a "fujir da aparência do mal".

A própria argumentação da minha filha e do meu genro quando adquiriram o tal lap top resumia tudo, ela disse na época: "Pai, eu sei que um computador com internet tem coisa boas e coisas más, mas a gente tem que ter sabedoria pra escolher as boas"

Ledo engano, desde Eva que não teve sabedoria nem força suficiente pra escolher o bem, e Caim que não conseguiu dominar o pecado que jazia a sua porta, o ser humano sábio é aquele que "foge", pois ja esta mais do que comprovado que todo aquele que flerta com o pecado, perde.

Voltamos ao nosso acordo original. Cada família tem um computador, na sala, pra pagar contas, fazer trabalho de escola, pesquisar algum assunto, e só (redes sociais, nem pensar)

Até breve.

Um comentário:

  1. Boa tarde Dona Laura! Deus abençoe sua Vida!
    Entrei aqui por indicação de uma amiga e já "amei" seu primeiro texto.

    Concordo plenamente que: "Se existe uma porta que pode nos levar a coisas boas e coisa ruins, o melhor é não te-la aberta em nossas casas, mas, se for inevitável que a tenhamos, então devemos nos cercar de todos os cuidados, e neste caso o maior cuidado que devemos ter é " a certeza de não termos privacidade ao entrar por ela" pois é um laço enorme, porém sutil como so o inimigo das nossas almas sabe ser.

    Muito obrigado por compartilhar um pouco de sua experiência conosco (Existem muitas guerreiras cristãs, em casa perseverando em meio a este mundo confuso e mal, e é ótimo que tenhamos histórias de vida que nos inspirem)

    Vou ler seus outros textos...

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