quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Submissão ou Subversão?...


Ao chegar à casa de uma sobrinha muito estimada, para um café especial que só ela saber fazer, encontramo-la com o semblante descaído, chateada, tentando ser agradável e sorridente, mas visivelmente contrariada.

Na primeira oportunidade cutuquei-a:

“O que houve minha filha”?

“Ah tia, o Paulo pra variar! Trocou de carro e, de novo, pegou um carro de um modelo que eu acho horrível”

“Ai tia, to cansada, to farta de ficar em casa vivendo em função dele, sendo submissa o tempo inteiro, e ainda tendo que aceitar que na hora de uma decisão importante como esta ele me contrarie, e não leve em conta minha opinião”

Eu, macaca velha neste assunto, pesquei:

Querida, “viver em função do marido”, de fato, parece uma vida muito limitada e servil...  Me fale, como é isto?

Usando a característica mais forte da nossa família (falar sem pensar) ela soltou:

“Como é isto? Simples: Limpar, Cozinhar, Lavar, Passar, Educar, todo o dia o dia todo!”

Comecei a rir, descontroladamente, ela é uma mulher muita esperta, entendeu logo do que eu estava rindo.

Pra resumir a história:

O Marido dela é um exemplo de abnegação, de cuidado com a família, e responsabilidade com seus compromissos.

Trabalha de segunda a sexta, das 07:30 da manhã as 18:hs, gasta “3 horas” no trânsito, mas, milagrosamente, arranja tempo para consertar tudo em casa, fazer supermercado (porque ela odeia) brincar com o casal de filhos que eles já tem, e dar atenção a ela (que esta grávida e é carente demais da conta).

Não tem nenhum robi, não se permite nenhum lazer sem a presença da família, leitor dedicado da bíblia, muito temente a Deus,  nem sequer leva um amigo pra almoçar em casa sem antes conversar com ela, e, mesmo conversando, ela não gosta, então ele não leva... (coisa que o deixa visivelmente frustrado).

Logicamente ele não faz tudo isto só por causa dela, mas primeiramente por causa do seu Temor a Deus, depois por seu amor a ela, depois por seu amor aos filhos, depois por seu dever com a sociedade ao seu redor (corpo de Cristo).

Da mesma maneira, ela não “vive função dele”, se ela “Limpa, Cozinha, Lava, Passa, Educa, todo o dia o dia todo” certamente o percentual disto dedicado a ele é o menor de todos, pois ele “passa todo dia o dia todo” na rua trabalhando por toda a família.

Ela começou a refletir:

“É tia, acho que tenho sido um pouco intransigente com o Paulo”

Diante disto, acabamos fazendo uma análise da questão da “submissão nos dias atuais” usando o caso, dela mesma, como exemplo.

Sabe o que descobrimos?


Submissão, segundo o dicionário da Língua Portuguesa:

submissão 
(Do latim submissus, -a, -um, particípio passado de submissio, -onis) 
s. f.
1. Acto ou efeito de submeter ou de se submeter. = SUBMETIMENTO
2. Obediência.
3. Sujeição.
4. Humildade.


Submissão, segundo o entendimento das mulheres “Cristãs” desta geração:

submissão 
(Do “Evangeliques” talaveirisse – Ou: “Falo que me submeto, mais não sei o que estou falando”)
 s. f.
1. Acto ou efeito de fazer de conta obedece ao marido. = Fingimento
2. Obediência, a qualquer ordem do meu marido que esteja 100% alinhada com o “centro da minha vontade”
3. Sujeição, a qualquer vontade ou plano do meu marido “que não me contrarie em hipótese alguma”
4. Humildade, para reconhecer que ele é igual a mim, portanto tem que ser humilde pra me escutar sempre e permitir que minha opinião prevaleça.


Há, já ia me esquecendo, na volta pra casa, o Ge vinha elogiando a escolha do Paulo em relação ao carro:

“Esse rapaz é muito controlado e sabe fazer escolhas. Sempre que troca o carro, pega um popular novinho, com baixo consumo de combustível, paga a diferença a vista, não fica devendo nada, não gasta com manutenção... Laura, você acredita que nossa sobrinha queria de todo jeito convencê-lo a comprar um carro que ia resultar numa prestação “duas vezes” maior do que o orçamento deles pode suportar?

Eu falei: Sério?
(fiz de conta que não sabia de nada, mas pensei: Vou matá-la quando voltar lá)

“Ela não entende”, emendou o Ge, “a despesa não para na prestação, pois depois tem emplacamento, seguro, manutenção, iam trabalhar só pra sustentar o carro”.

Minhas queridas irmãs em Cristo se cremos que existe um Criador, e que a bíblia é o seu testamento pra nós, devemos segui-la sem reservas, sem hipocrisia, doutra forma, estaremos enganando a nós mesmas, o descontentamento nos assaltará, e ainda ficaremos com cara de “eu não sei o que acontece comigo, faço tudo certo, mas as coisas dão errado”.

A mulher que tem um marido crente, temente a Deus, e perde a oportunidade de "realmente" se submeter em amor e se deixar abençoar por Deus, devia sentir vergonha quando vê uma que tendo marido incrédulo, duro, mas que  cala-se, obedece-o (muitas vezes sabendo que a direção esta errada) e espera no Senhor.

Até o próximo texto.

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